Tenho gostado muito das suas reflexões e também da ajuda relativa ao tema da Campanha da Fraternidade. Também gostaria de dar meu parecer sobre a censura das conselheiras do conselho de psicologia do Paraná a uma psicóloga que manifestou sua fé publicamente.
Considero que as conselheiras estão confundindo o zelo pelo exercício profissional, que procura cuidar para que os psicólogos não façam distinção de crenças nos seus atendimentos e trabalhos profissionais, com a vida particular e convicções pessoais de cada profissional. A forma como agiram, considerando a notícia divulgada, é uma extrapolação da função de conselheira, um desrespeito e uma demonstração de preconceito muito grande. Estão infringindo as leis básicas de convivência e de respeitos para com as convicções e direitos de qualquer cidadão em uma sociedade democrática. É provável que elas se considerem livres de preconceitos e defendam uma sociedade justa e respeitosa.
E não estão percebendo que estão agindo de uma forma totalmente arbitrária. Como psicólogo me posiciono totalmente contra este comportamento e considero que o conselho de psicologia do referido estado deveria se posicionar e orientar estas conselheiras, para que não manchem a imagem desta tão importante profissão que, de modo especial, deve zelar pela defesa dos cidadãos e protegê-los para que tenham a liberdade de se expressarem, sem ferir o direito dos demais e por um mundo melhor. João Loch, Garça (SP)