21-11-2017-13905 - papafrancisco- Dia dos pobres
O autor sagrado que deu mais espaço à misericórdia do que qualquer outro, o evangelista S. Lucas, não está fazendo retórica, quando descreve a prática da partilha na primeira comunidade. Pelo contrário!
Com sua narração, pretende falar aos fiéis de todas as gerações e, portanto, também à nossa, procurando sustentá-los no seu testemunho e incentivá-los à ação concreta a favor dos mais necessitados.
E o mesmo ensinamento é dado, com igual convicção, pelo apóstolo Tiago, usando expressões fortes e incisivas na sua Carta:
“Ouvi, meus amados irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que O amam?
Mas vós desonrais o pobre!
Porventura não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais?”
De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé?
Acaso essa fé poderá salvá-lo?
Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser:
“Ide em paz, tratai de vos aquecer e matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?
Assim também a Fé: se ela não tiver obras, está completamente morta! (Tg 2, 5-6.14-17)”.
(Papa Francisco em mensagem para o 1º Dia Mundial dos Pobres, 19/Novembro/2017)